quarta-feira, 16 de março de 2011

é sempre sobre ela.


Domingo.
Me pego caminhando em um deserto. Um tipo de "salar" daqueles com fundo infinito, branco, muito branco.
Caminhando ao meu lado está Jesus, num manto branco lindo.
Durante a caminhada vamos conversando como amigos, falamos muito sobre a minha vida neste dia e sobre coisas que estão por vir.
Ela.
Seguimos em frente e sempre que tenho sede encontro copos de água bem a minha frente no chão, ao meu lado esquerdo. Bebo a água do copo e é sempre fresca e cristalina, chega a ter "sabor" de água gostosa.
Senti fome. Logo a frente vi uma mesa, a frente no caminho. Uma mesa de madeira redonda, na altura da cintura de um homem, três pezinhos apoiando uma tora no centro e uma tábua de madeira redonda acima. Cor de mogno claro. Sobre a mesa uma bandeja de inox decorada com folhas verdes que pareciam ser de plástico e um maravilhoso pão caseiro.
Pego o pão e seguimos em frente. Ofereço com a mão, um pedaço do pão pra Jesus, Ele sorri gentilmente, sorri e acena como quem não está com fome. Eu até pensei que Ele quis me dizer que Ele não tinha a necessidade de se alimentar, mas já fui logo insistindo e dizendo que eu gostaria que comêssemos juntos.
Comendo, caminhando e conversando, Ele me diz que eu preciso disso tudo... O deserto, a luz, o alimento, e tudo o mais que está por vir, até que eu a encontre.
Eu agacho. Lágrimas ficam pelo chão. Com o olhar de Jesus elas se consomem e a fumaça sobe às nuvens.
Mais a frente Jesus para, me abraça e diz que precisa voltar. Diz que já está na hora e que devo continuar o meu caminho até encontrá-la.
Ele se vai e eu sinto um vento sobre mim. O vento suavemente começa a soprar, como alguém que me acompanha.
Antes de Jesus ir, Ele me dá uma espada e uma armadura, dizendo algo do tipo "Só porque eu sei que você gosta disso", e sorri.
Existe um tipo de "fera" neste deserto. Rosto de lobo, dentes afiados, pele negra sem muito pêlo. Um pouco maior que um leão.
Uns seis ou sete deles vêm ao meu encontro os quais eu corto ao meio com um só golpe. Eles nunca sangram. Morrem cortados ao meio, da cabeça ao rabo que é fino e comprido.
As "feras" acabam, continuo caminhando e sou seguido por uma paz. Me vejo vestido de uma bermuda verde xadrez, e uma camiseta.
O deserto acaba e vejo grama logo à frente no chão.
Em pé sobre o gramado, em frente a um banco (tipo de praça) pendurado em cordas de balanço com uma linda casa ao fundo, cheio de árvores e um caminho em um jardim... Eu vejo ela.
Sorrindo pra mim, com aquele olhar de quem me diz:
"Chegou na hora certa!"

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